E-commerce Gay – O poder LGBT no comércio eletrônico

Um nicho de mercado ainda pouco explorado no Brasil é o e-commerce gay, que lá fora, cresce a passos largos. Um mercado tão forte e variado como o do universo arco íris oferece inúmeras oportunidades de negócios e o comércio eletrônico voltado para o público gay faz parte deste leque de opções dos empreendedores em busca que oportunidades no varejo eletrônico brasileiro.

Preconceitos e estereótipos a parte, o e-commerce gay vai muito além de um mix de produtos específicos para este público. O comércio eletrônico gay é antes de tudo um conceito e uma postura estratégica da empresa.

Iniciativas voltadas para esse segmento ainda são raras no Brasil, criando assim uma ótima oportunidade de negócio.

E-commerce gay como nicho de mercado – Produto ou Público?

Os nichos de mercado são indiscutivelmente os melhores segmentos de atuação no comércio eletrônico, e sempre indicados para quem deseja entrar em grande estilo no universo do varejo online.

O baixo grau de competição entre as empresas, quando ela existe, oferece condições de crescimento rápido e sustentável para novas operações de e-commerce. Neste cenário o e-commerce gay desponta como uma alternativa viável para os novos empresários.

A abordagem de criação de um e-commerce partindo do conceito de mercado de nicho funciona na grande maioria dos segmentos cobertos atualmente pelo comércio eletrônico, mas no caso específico do e-commerce voltado para o público gay, existe uma diferença conceitual.

Não se trata simplesmente de um direcionamento em torno de um produto, mas sim de um público, que possui características próprias, o que modifica radicalmente o projeto de e-commerce.

Não basta simplesmente montar um mix de produtos que supostamente seriam de interesse do público gay, e pronto, você tem uma loja especializada neste segmento. É necessário ir muito além disso.

É necessário dar uma identidade LGBT à loja virtual, criar uma personalidade própria e exclusiva que crie um diferencial competitivo neste segmento do comércio eletrônico. Criar um e-commerce gay não é uma questão de mix de produtos e sim a compreensão de um estilo de vida.

O e-commerce gay não precisa ser exclusivo

O e-commerce gay não precisa ser exclusivo, ou seja, não é necessário abrir uma loja virtual para atender exclusivamente ao público LGBT. Muitas lojas virtuais já estabelecidas contam com a simpatia do público homossexual em relação aos seus produtos, sem que sejam necessariamente voltadas exclusivamente para esse nicho de mercado.

Nesta situação surge uma nova oportunidade de negócio para o lojista online que é a da criação de um segmento da loja destinado a atender às demandas desse público consumidor diferenciado. No exterior essa é uma pratica comercial amplamente difundida e que tem dado ótimos resultados. A Nike, por exemplo, lançou uma linha de produtos para a comunidade gay americana.

O poder do público LGBT no comércio eletrônico

O público LGBT é sabidamente um dos públicos de maior poder aquisitivo até mesmo em função do seu estilo de vida. Um dos fatores que mais contribuem para isso é o fato de que a maioria dos homossexuais não possui filhos e acabam direcionando seus gastos à cultura, vestuário, lazer e turismo.

O consumo gay é alto e fiel, o que por si só já viabiliza a criação de uma “loja virtual gay”. Outros investimentos online, como a rede social Grindr, já descobriram esse público e estão indo muito bem, obrigado.

O Brasil já é um dos destinos turísticos preferidos do público gay no mundo inteiro, por que então, não transformar o e-commerce gay também em uma referência internacional? Mantenha-se em dia sobre esse e outros assuntos relativos ao e-commerce e marketing digital, assinando nosso Boletim Informativo.

Por Alberto Valle, diretor e instrutor do Curso de E-commerce